By Pode ser que você tenha se casado, vá se casar em breve ou está só começando os planos para o casamento, mas em meio às complicações do grande dia, como escolher a sobremesa e encontrar uma decoração que seja a cara de vocês, existem outras decisões que irão definir o futuro da nova vida a dois: “Queremos ter filhos?”, “Como será a relação entre as nossas famílias?”, “Como vamos administrar nosso dinheiro?” e principalmente “Onde vamos morar?”.
Como já diz o ditado: quem casa, quer casa. Depois do matrimônio a grande maioria das pessoas quer viver debaixo do mesmo teto que o seu marido/esposa, e de preferência fora da casa dos parentes, para ter mais privacidade e intimidade. No entanto, decidir onde morar pode ser uma decisão quase tão difícil quanto a de se casar, pois também envolve um investimento relativamente alto e planos a longo prazo. Para evitar conflitos logo no começo dessa nova aventura, separamos cinco dicas que podem facilitar as coisas:
1 – CASA OU CASAMENTO
Para muita gente é difícil arcar com os custos da cerimônia e da compra de um imóvel ao mesmo tempo, mas isso não quer dizer que você precisa abrir mão do casamento para ter o seu cantinho. Festas de casamento são custosas, e embora exista muita pressão social em cima desse dia, não existe a necessidade de esbanjar. Muitas vezes economizar na festa pode ser uma boa maneira de se capitalizar para dar entrada em um apartamento. Os mesmos produtos e serviços podem ser encontrados em uma gama muito variada de preços, então optar pelas opções mais baratas para a festa pode representar uma verba maior para comprar o imóvel onde vão morar depois. Lembre-se que o casório irá durar apenas algumas horas, enquanto um lar é um investimento para a vida toda. Além disso, uma cerimônia mais intimista pode criar memórias tão boas quanto um mega evento caro. Se o orçamento está apertado, o ideal é ter uma conversa franca com seu parceiro, alinhar quais as expectativas de cada um para o futuro e conseguir o melhor equilíbrio entre os gastos do “grande dia” e o dinheiro que precisam para o apê dos sonhos.
Lindo, mas caro: muito dinheiro para uma única noite
2 – ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE?
O que mais provoca ansiedade no momento de decidir onde morar é a pressão de achar que esta precisa ser uma escolha definitiva. Ao contrário do que se espera do casamento, comprar um imóvel não é um voto para a vida inteira. Claro, a maior parte das pessoas que tem casa própria mora no mesmo lugar por vinte, trinta anos, mas você não precisa prever a vida do casal com tanta antecedência. Se a intenção é ter onde morar com seu marido/mulher, então realmente não faz sentido comprar um apartamento sem a intenção de morar nele por algum tempo, mas especialistas afirmam se vocês pretendem passar cinco anos ou mais no mesmo lugar, a compra já vale a pena, pois os custos se diluem no tempo e o investimento se torna mais vantajoso. E não se preocupe, se o futuro te reservar mais filhos que o planejado, propostas de emprego inesperadas ou outros imprevistos, o imóvel pode ser vendido ou até mesmo usado como entrada em outro apartamento. Lembrar que essa decisão não é imutável diminui o peso da decisão.
3 – SEM PRESSA
Tudo bem que vocês querem ter um lugar para chamar de lar o quanto antes, mas a urgência pode levar a decisões imprudentes. Assim como o casamento deve ser decidido e planejado com antecedência, o apartamento ideal também pede calma e racionalidade. Considerem os planos de cada um e imaginem como será a nova rotina para escolher a melhor opção. Por exemplo, se um dos dois pretende trabalhar em casa, ter um cômodo para montar um escritório pode ser uma boa ideia (e se vier um filho, esse cômodo extra pode virar um quarto), ou se você não se imagina cozinhando todos os dias, a cozinha não precisa ser muito espaçosa. A região escolhida deve ser prática para os dois, principalmente em grandes cidades e nas capitais, como Goiânia. Morar muito longe do trabalho tende a ser desgastante, e se você ama andar de bicicleta e não tiver nenhum parque por perto, isso pode te frustrar. Nessa nova fase, a parceria do casal é muito importante para criar uma vida feliz e agradável.
Coloquem os prós e contras no papel e façam as contas
4 – NA RIQUEZA E NA POBREZA
Embora o grande protagonista do matrimônio seja o amor, quando falamos de casamento não podemos esquecer do aspecto financeiro. Na vida de casados as contas serão uma missão em conjunto, então aproveitem este momento para fazer um planejamento de gastos, somando a renda do casal e calculando o valor disponível para cada despesa. Sabendo este valor fica mais fácil avaliar qual o jeito mais viável de ter onde morar. A decisão entre comprar e alugar é pessoal e varia de acordo com os interesses dos noivos, mas ser proprietário de um imóvel traz segurança e é um Bem que ficará para os herdeiros. O importante é buscar a melhor decisão. Se o orçamento estiver muito apertado, morar de aluguel no início do casamento e enquanto isso juntar dinheiro para ter o próprio imóvel no futuro é uma opção. Para Carolina Sandler a proporção ideal é destinar aproximadamente 50% da renda para os gastos essenciais (como moradia e alimentação); 30% para os gastos supérfluos (como lazer) e 20% devem ser reservados para a construção de um patrimônio. Cada pessoa pode adaptar estes valores para a sua realidade, mas o ideal é que as parcelas do financiamento de um imóvel não sejam maiores que 30% da renda do casal, para não ficar muito apertado.
5 – COMUNHÃO DE BENS
Por fim, a questão legal não se resume ao casamento no civil. O apartamento pode ser o primeiro grande fruto da união de vocês, um patrimônio que estará no nome do casal e talvez de toda a família que vocês vão formar juntos, se assim quiserem. A questão legal pode parecer chata e burocrática, mas é importante que vocês saibam pelo menos o básico. Você sabe o que é averbação? A averbação é uma anotação que altera os proprietários, características ou qualquer possível mudança no Registro do imóvel. Atualmente, o regime de bens oficial é o da comunhão parcial, onde todos os imóveis adquiridos anteriormente ao casamento continuam pertencendo exclusivamente ao comprador. No entanto, existe a comunhão universal de bens, em que todos os bens adquiridos antes e depois do casamento pertencem ao casal. Decidir como será o regime de bens do casamento pode influenciar na decisão de comprar de um imóvel, e falar destes assuntos não pode ser um tabu para quem passará por tantos momentos juntos.
Você e seu companheiro são aliados nessa aventura
Tenha em mente este é apenas o início de uma nova e emocionante história. O importante é que vocês estão dando um grande passo, e devem aproveitar esta oportunidade para curtir os momentos e tirar o melhor de cada etapa. Decidir onde morar é a primeira decisão de muitas que vocês já tomaram e ainda irão tomar juntos, e não precisa ser estressante e nem virar motivo de discussão. Aproveite para visitar apartamentos decorados, pensar em móveis que tenham a cara de vocês, fazer planos para o futuro e se divertir com tudo isso! Afinal, o mais difícil vocês já conseguiram: encontrar alguém com quem querem passar o resto da sua vida! <3
Decidiu que está na hora de comprar um apartamento? Clique aqui para ler o artigo “Primeiros Passos Para Comprar Um Apê” e saiba por onde começar.
